Porque Tudo Muda...

sábado, 3 de agosto de 2013

Lá vem ela.

Lá vem ela. O brilho dos meus olhos cintila, o pulsar acelera, as mãos transpiram.

Cada vez, outra vez, tantas vezes, depois de uma vez assim se sucedeu.

E se realmente duas retas paralelas se cruzam no infinito, posso dizer que meu infinito chegou.  Meu “infinito particular” já tem limites bem claros.

Foi tantas estórias entrecruzadas pela História naquela história de se aventurar além-mar que as lágrimas caminham recorrentemente pela minha face.

Gostar gostando, eis um segredo de há muito tempo.  E no caminho de tantas emoções, de tantas temperaturas, de tantas histórias sinto um infinito vazio quando ela não vem.  

Tudo se torna previsível e tangível sem ela...

Mas ela vem.

E assim sei que mais uma vez terei os olhos coçando, os pulsos suando, as mãos cintilando e a cabeça acelerando os pensamentos, infinitamente Feliz!

Pois com ela estarei mais uma vez. 




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terça-feira, 9 de abril de 2013

Eu vos declaro...


Estou casado. Este pensamento sobreveio à mente dele horas depois da euforia da cerimônia religiosa, da recepção e da despedida dos amigos. Ali, onde foi programada sua noite de núpcias, ele rememorava suas inquietudes, suas desilusões, suas dúvidas acerca de si mesmo e para com o mundo.
Desde pequeno, tivera uma educação rígida e toda vez que entrava em contato com outras crianças, sentia-se deslocado diante delas. Havia também uma timidez persistente, que o levava a procurar lugares onde poderia estar mais só, que o abstivesses de ter que se relacionar com pessoas novas. Essa timidez e uma criação, às vezes demasiada rígida, acompanhou-o até a faculdade.
Na Academia, depois de um tempo, ele tornou-se menos “bicho do mato”; no entanto, não era um dos mais populares de sua universidade. Na verdade, ele tinha medo de que as pessoas fossem falsas com ele, o machucasse (talvez por isso o afastamento e o estranhamento). Difícil explicar é como ele se aproximou de uma garota e conquistou como namorada, aliás, este foi seu primeiro contato com outro ser humano. Logo decidiu casar, apaixonou-se por ela e decidiu que ela seria a mãe de seus filhos.
Ele só queria ser feliz e viver tranquilamente e o dia do casamento chegou e ali estava ele, em frente a ela, em sua noite de núpcias, desconcertado naquele quarto de hotel, imaginando mil maneiras de como tocar o corpo dela e torná-la efetivamente mãe de seus futuros filhos.

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