Porque Tudo Muda...

sexta-feira, 27 de março de 2009

À cidade da Bahia

Construída a margem da Baía de Todos os Santos de São Salvador em 1949, a fortificação militar erguida para defender a costa das investidas estrangeiras, sobretudo dos franceses e dos flamengos, ao território português na Américas foi batizada de Cidade de São Salvador, mas tarde tornou-se a então cidade do Salvador conhecida por todos. Minha homenagem no quadringentésimo sexagésimo aniversário desta fantástica cidade não perpassará pelos tão conhecidos bairros cantados (Itapuã, Rio Vermelho, Pelourinho, etc.) nem pelos pontos turísticos impressos em diversos cartões-postais, livros, camisas e revistas (faróis da Barra e de Itapuã, Elevador Lacerda, Mercado Modelo, o conjunto arquitetônico do Pelourinho, etc.), vou me deter naqueles lugares pelos quais passamos e não nos damos conta do que realmente significa para o nosso dia-a-dia e para a nossa capital e que eu acredito que seja o diferencial dessa magnânime cidade.
Com uma característica geográfica que lhe própria, desde seu povoamento a cidade da Bahia (como Salvador era muito chamada até meados do século XX) chamou a atenção dos viajantes que por ela passavam pelas suas encostas e vales, sem falar na sua principal divisão territorial: cidade baixa e cidade alta (uma falha geográfica que chega a mais de 80m de altura entre uma e outra área da cidade). O que me chama a atenção na Roma Negra (outro apelido dado por causa da grande quantidade de negros que nela habita) foi o seu rápido crescimento da década de 1950 até os dias atuais, na época da II Guerra Mundial, Salvador não passava dos 300 mil habitantes e hoje conta com quase três milhões, um crescimento assustador em quase sessenta anos. E que por vias isto se deu?
É aí que quero chamar atenção por onde todo dia passamos e não nos damos conta. As chamadas avenidas de vale concebida em sua maioria na primeira experiência de planejamento urbano em Salvador ocorreu na década de 40, com o EPUCS – Escritório do Planejamento Urbanístico da Cidade do Salvador, cujo trabalho ficou conhecido como Plano Mário Leal Ferreira, em alusão a seu coordenador. A capital da Alegria (outro chamamento carinhoso dado pela alegria do seu povo), atiça a curiosidade daqueles que trafegam por suas vias pela primeira vez, cheia de curvas sinuosas e ladeira, por entre vales e colinas, esse plano diretor foi um dos responsáveis pelo alavancamento do desenvolvimento da capital baiana.
Já imaginaram o tráfego soteropolitano sem as avenidas Bonocô, ACM, Ogunjá, Vasco da Gama, Garibaldi, Juracy Magalhães, Centenário, Reitor Miguel Calmom... Todas elas foram elaboradas a partir deste planejamento urbano da década de 40, de lá pra cá talvez as podemos somente falar da Paralela, Luís Eduardo e Magalhães Neto como principais construções para melhor o sistema viário de Salvador. Se pararmos pra pensar, sem essas avenidas teríamos um trânsito mais caótico do que já temos. Mas do que a ousadia desse plano coordenado por Mário Leal Ferreira, é o desenvolvimento que essas avenidas levaram onde foram construídas, surgiram os bairros do Iguatemi, Itaigara, Cidade Jardim, o desenvolvimento de uma área do enorme bairro de Brotas, entre outros lugares que até hoje sofrem influência dessas vias.
Salvador é uma bela cidade, que todos cantam e se encantam por ela, mas que precisa urgente de um plano eficaz de desenvolvimento urbano, pois essas avenidas foram concebidas antes da cidade da Bahia chegar um milhão de habitantes e quando não possuía nem cem mil veículos, hoje têm uma frota de mais de um milhão de carros trafegando por um sistema viário idealizado em sua maior parte na década de 1940, este novo plano diretor faz alusões a intervenções ao sistema viário soteropolitano, mas não consegue trazer nenhuma grande inovação a meu ver... É hora de pensarmos: que cidade queremos para nós?

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quinta-feira, 19 de março de 2009

Estudantes de História expõem fotos do cotidiano de quilombos de Rio de Contas


Alunos do curso de História da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) realizam, a partir de segunda-feira (9), a Exposição Fotográfica Rio de Contas, no hall da Biblioteca Central Julieta Carteado, campus universitário. O trabalho retrata pessoas e o cotidiano de quilombos localizados em Rio de Contas, considerada a cidade mais antiga da Chapada Diamantina, no interior da Bahia, com cerca de 280 anos de emancipação e tombada pelo patrimônio histórico.

A viagem integra o plano de aula da disciplina Os Lugares da História, do primeiro de semestre, ministrada pelo professor Onildo Reis. Durante os trabalhos, além da visita aos quilombos, os estudantes conheceram e tiveram acesso a documentos históricos do acervo de Rio de Contas.

A exposição de fotografias, que fica aberta ao público até 20 de março, tem o objetivo de incentivar trabalhos de extensão entre os alunos de todos os cursos da Uefs, evidenciando a importância da atividade para formação profissional. Além disso, espera-se contribuir para a divulgação da importância do conhecimento histórico, no que diz respeito a reflexões sobre a relação entre o passado e o presente e as ações que podem ser desenvolvidas para a transformação e bem-estar da sociedade.

Feira de Santana, 6 de março de 2009.

Assessoria de Comunicação/Uefs.

De: www.uefs.br

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Pré-preparação!


“Viva a vida porque a vida é agora” outrossim “viver não é o caso, o caso é saber viver” assim como “há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia” também “as coisas mais bonitas da vida estão onde não se toma sol” haja vista que “a vontade, pois, é a essência do homem”.

Vejam: http://raffaelbarbosa.blogspot.com

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